sexta-feira, 18 de março de 2011

Medicamentos a utilizar no combate às Reacções Alérgicas (continuação)

Em 1933, Fourmeau sintetizou o primeiro anti – histamínico que só veio a ser testado posteriormente em 1937, tal como aconteceu nos EUA, em 1946.
Os anti – histamínicos são classificados de acordo com o receptor que bloqueiam. Deste modo existem os anti – histamínicos H1, que são úteis e eficazes no tratamento das respostas alérgicas e inflamatórias, mediadas pela histamina, como rinite, urticária ou alergia a alimentos; anti – histamínicos H2, que reduzem a secreção ácida gástrica no tratamento de pacientes com úlcera péptica e doenças relacionadas, e por fim os anti – histamínicos H3 que são úteis na regulação cardiovascular, alergias e doenças mentais.
Anti – histamínicos H1
Os anti – histamínicos H1 são usados no tratamento de respostas alérgicas onde a histamina é libertada em virtude da activação celular por processos de hipersensibilidade.
Por exemplo, aplicação na Urticária e Angiodema:
• Provoca uma diminuição do número e tamanho da pápula e edema e reduzem o prurido.
• É eficaz no alívio e na prevenção da urticária aguda.
• Apresenta uma eficácia semelhante quer nas gerações novas quer nas mais adultas.
Este tipo de medicamento pode também ser aplicado em casos de rinite, asma, dermatite atópica, reacções alérgicas a medicamentos, entre outros.
Os anti – histamínicos H1 podem ser também classificados de acordo com a sua constituição:
• Derivados da etanolamina;
• Derivados da etilenodiamina;
• Alquilaminas;
• Derivados da piperazina;
• Derivados fenotiazínicos;
• Outros.
Derivados da etanolamina
O protótipo desta classe é a difenidramina (Benadryl), utilizado no tratamento de reacções anafiláticas. Pode também ser utilizado como anti – emético ou anti – parkinsoniano. Para além da difenidramina, existem ainda o dimenidrinato (Dramamine) e a carbinoxamina (Clistin).
Derivados da etilenodiamina
O protótipo desta classe é a tripelenamina. Para além desta, existem ainda a pirilamina, a fenbenzamina e o metapirileno. Este último foi retirado do mercado uma vez que causava cancro hepático em animais.
Alquilaminas
Os anti – histamínicos desta classe incluem a feniramina, clorfenamina e a bromofeniramina.
Derivados da piperazina
Os anti – histamínicos desta classe incluem a ciclizina, a clorciclizina, a meclizina, a buclizina, a hidroxizina e a cetirizina (Zyrtec). A cetirizina é utilizada em dermatoses alérgicas, rinite alérgica e rinite vasomotora.
Derivados fenotiazínicos
O protótipo desta classe de anti – histamínicos é a prometazina. Caracterizada como um anti – histamínico muito potente, porém não é aconselhada para uso tópico, dado os seus efeitos sensibilizantes. Para além de ser utilizada como anti – alérgico, é comummente utilizado como anti – emético e como adjuvante à anestesia geral.
Outros anti – histamínicos como a antazolina, a ciproeptadina e a isotipendia são utilizados, respectivamente, em conjuntivites alérgicas, urticária, dermatite alérgica ou neurodermatite.
Anti – histamínicos H2
• Cimetidina;
• Ranitidina;
• Burimamida;
• Metiamida;
• Famotidina;
• Nizatidina.
Este grupo de fármacos inibe a produção de ácido pela competição reversível com histamina pelos sítios receptores de H2 na membrana basolateral das células parietais.
A aplicação terapêutica destes medicamentos é feita conjuntamente com os anti – histamínicos H1 (pode ser aplicado em casos de urticária idiopática ou dermatite de contacto).
Os efeitos secundários mais frequentes são: diarreia, dor de cabeça, sonolência, fadiga, dor muscular…
No entanto, verificam-se ainda outro tipo de efeitos menos comuns, tais como: confusão, delírio, alucinação, ginecomastia em homens, galactorreia em mulheres, diminuição do conteúdo de esperma e impotência reversível…
Anti – histamínicos H3
Esta classe de anti – histamínicos controla a síntese e liberação de histamina pré – sinapticamente.
Os que são usados mais frequentemente são:
• Alfa – metilhistamina;
• Imetil;
• Imepipa;
• SKF 91606;
• GT 2016;
• Impromidina;
• Tioperamida.
Estes fármacos são também aplicados em casos de asma, epilepsia e tratamento de úlceras.

Cumprimentos, Sónia Pereira

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