sexta-feira, 18 de março de 2011

Alergia nas Crianças

As manifestações de reacções alérgicas variam com a idade bem como o tipo de alergénios envolvidos. É com alguma frequência que vimos as crianças com poucos anos de vida a manifestarem uma alergia; a mais frequente é o eczema atópico, que muitas vezes está relacionado com a primeira exposição da criança a determinados alimentos – como leite de vaca, ovos, trigo e peixe. A persistência desta sensibilização pode desencadear o aparecimento de alergias respiratórias – como asma e rinite – que costumam surgir por volta dos dois anos de idade. Os sintomas mais frequentes são:
- Dificuldade em respirar;
- Tosse;
- Dispneia.
A rinite alérgica surge por volta dos três anos de idade, maioritariamente provocada por ácaros, pólenes, pêlos de animais, …
Este último factor – pêlos de animais – está relacionado com o contacto precoce das crianças com os animais domésticos – gatos, cães, coelhos, entre outros – logo nos primeiros anos de vida.
Por vezes os pais preocupam-se em saber como atenuar ou prevenir as suas crianças da manifestação de reacções alérgicas. Eis algumas dicas que podem (ou não) resultar:
- Adiar a introdução de alimentos - como leite de vaca, ovos, peixe, trigo e citrinos – na alimentação da criança. O leite materno é essencial e deve ser mantido durante algum tempo uma vez que reforça o Sistema Imunológico do bebé.
- Evitar a acumulação de ácaros no quarto da criança, evitando a aplicação de alcatifas, tapetes e reposteiros pesados, peluches e muitos brinquedos.
- Evitar, durante os primeiros dias de vida, manter animais domésticos em casa, nomeadamente gatos e cães.
- Evitar o tabaco durante a gravidez, visto que aumenta o risco do bebé nascer com asma ou outras doenças respiratórias.


Qualquer dúvida não hesitem em questionar! Cumprimentos, Sónia Pereira

SPAIC - Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica é uma associação com fins científicos, com sede social localizada em Lisboa, e que tem como âmbito da sua acção todo o território nacional.
O principal objectivo da associação em análise é estimular o estudo da Alergologia e Imunologia Clínica bem como divulgar todas as facetas teóricas e consequências práticas dos conhecimentos acumulados por esta disciplina científica.
Qualquer licenciado em Medicina ou outro ramo da Ciência bem como aquelas pessoas que manifestem interesse em problemas de Alergologia podem fazer parte desta associação.
O site da associação, através do qual tive conhecimento da existência da mesma, disponível em www.spaic.pt é regularmente actualizado e modelado por um conjunto de pessoas bem dotadas de conhecimentos, as quais passo a nomear:
- Dr. Rodrigo Alves – Unidade de Imunoalergologia;
- Dr.ª Susana Silva – Unidade de Imunoalergologia;
- Dr. José Ferreira – Serviço de Imunoalergologia.
Importa, ainda, referir que a associação desenvolve vários projectos entre os quais se destacam:
- Notificação de Anafilaxia;
- ARIA – Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma;
- GINA – Global Initiative for Asthma;
- GLORIA – Global Resources in Allergy;
- Programa nacional de controlo de asma;
- GARD – Global Alliance Against Chronic Respiratory Diseases.
A evolução/desenvolvimento destes projectos pode ser consultada no site da associação.
Brevemente, de 31 de Março a 2 de Abril, realizar-se-á o SEAS – 2nd International Congress of Southern European Allergy Societies, que terá lugar no Centro de Congressos de Estoril.
Cumprimentos, Sónia Pereira

Medicamentos a utilizar no combate às Reacções Alérgicas (continuação)

Em 1933, Fourmeau sintetizou o primeiro anti – histamínico que só veio a ser testado posteriormente em 1937, tal como aconteceu nos EUA, em 1946.
Os anti – histamínicos são classificados de acordo com o receptor que bloqueiam. Deste modo existem os anti – histamínicos H1, que são úteis e eficazes no tratamento das respostas alérgicas e inflamatórias, mediadas pela histamina, como rinite, urticária ou alergia a alimentos; anti – histamínicos H2, que reduzem a secreção ácida gástrica no tratamento de pacientes com úlcera péptica e doenças relacionadas, e por fim os anti – histamínicos H3 que são úteis na regulação cardiovascular, alergias e doenças mentais.
Anti – histamínicos H1
Os anti – histamínicos H1 são usados no tratamento de respostas alérgicas onde a histamina é libertada em virtude da activação celular por processos de hipersensibilidade.
Por exemplo, aplicação na Urticária e Angiodema:
• Provoca uma diminuição do número e tamanho da pápula e edema e reduzem o prurido.
• É eficaz no alívio e na prevenção da urticária aguda.
• Apresenta uma eficácia semelhante quer nas gerações novas quer nas mais adultas.
Este tipo de medicamento pode também ser aplicado em casos de rinite, asma, dermatite atópica, reacções alérgicas a medicamentos, entre outros.
Os anti – histamínicos H1 podem ser também classificados de acordo com a sua constituição:
• Derivados da etanolamina;
• Derivados da etilenodiamina;
• Alquilaminas;
• Derivados da piperazina;
• Derivados fenotiazínicos;
• Outros.
Derivados da etanolamina
O protótipo desta classe é a difenidramina (Benadryl), utilizado no tratamento de reacções anafiláticas. Pode também ser utilizado como anti – emético ou anti – parkinsoniano. Para além da difenidramina, existem ainda o dimenidrinato (Dramamine) e a carbinoxamina (Clistin).
Derivados da etilenodiamina
O protótipo desta classe é a tripelenamina. Para além desta, existem ainda a pirilamina, a fenbenzamina e o metapirileno. Este último foi retirado do mercado uma vez que causava cancro hepático em animais.
Alquilaminas
Os anti – histamínicos desta classe incluem a feniramina, clorfenamina e a bromofeniramina.
Derivados da piperazina
Os anti – histamínicos desta classe incluem a ciclizina, a clorciclizina, a meclizina, a buclizina, a hidroxizina e a cetirizina (Zyrtec). A cetirizina é utilizada em dermatoses alérgicas, rinite alérgica e rinite vasomotora.
Derivados fenotiazínicos
O protótipo desta classe de anti – histamínicos é a prometazina. Caracterizada como um anti – histamínico muito potente, porém não é aconselhada para uso tópico, dado os seus efeitos sensibilizantes. Para além de ser utilizada como anti – alérgico, é comummente utilizado como anti – emético e como adjuvante à anestesia geral.
Outros anti – histamínicos como a antazolina, a ciproeptadina e a isotipendia são utilizados, respectivamente, em conjuntivites alérgicas, urticária, dermatite alérgica ou neurodermatite.
Anti – histamínicos H2
• Cimetidina;
• Ranitidina;
• Burimamida;
• Metiamida;
• Famotidina;
• Nizatidina.
Este grupo de fármacos inibe a produção de ácido pela competição reversível com histamina pelos sítios receptores de H2 na membrana basolateral das células parietais.
A aplicação terapêutica destes medicamentos é feita conjuntamente com os anti – histamínicos H1 (pode ser aplicado em casos de urticária idiopática ou dermatite de contacto).
Os efeitos secundários mais frequentes são: diarreia, dor de cabeça, sonolência, fadiga, dor muscular…
No entanto, verificam-se ainda outro tipo de efeitos menos comuns, tais como: confusão, delírio, alucinação, ginecomastia em homens, galactorreia em mulheres, diminuição do conteúdo de esperma e impotência reversível…
Anti – histamínicos H3
Esta classe de anti – histamínicos controla a síntese e liberação de histamina pré – sinapticamente.
Os que são usados mais frequentemente são:
• Alfa – metilhistamina;
• Imetil;
• Imepipa;
• SKF 91606;
• GT 2016;
• Impromidina;
• Tioperamida.
Estes fármacos são também aplicados em casos de asma, epilepsia e tratamento de úlceras.

Cumprimentos, Sónia Pereira

segunda-feira, 14 de março de 2011

Recomendações Ambientais para a criança alérgica

Ola! :)

Sofro de Rinite Alérgica, por isso, no ano de 2000, numa das consultas com o meu pediatra, foi recomendado aos meus pais que o meu quarto se deveria organizar de forma a evitar reacções alérgicas. Assim, as imagens que se seguem são as recomendações que me foram atribuídas.

Cumprimentos, Sofia Costa

sábado, 12 de março de 2011

Alergénios Comuns

Os alergénios são substâncias que nos podem causar uma reacção alérgica. Eles podem encontrar-se em todos o lado, nos alimentos, na rua, dentro de casa…As alergias de origem alimentar são provocadas por alimentos ou seus constituintes que ingerimos como é o exemplo do trigo e seus derivados. Produtos como cereais, pão, bolos, massas, etc, podem desencadear uma reacção alérgica caracterizada pelos seguintes sintomas: diarreia, cólicas, enxaqueca, entre outros. Com uma dieta pobre em trigo, esta alergia pode ser controlada.
No exterior encontramos os pólens que podem advir das ervas, árvores, arbustos e flores, sendo que estes últimos não são geralmente causadores de alergias, devido às suas grandes dimensões que dificultam a sua dispersão aérea. Este tipo de alergia pode ser considerado sazonal, uma vez que existem determinadas alturas do ano em que a concentração de pólens na atmosfera é maior, como é o caso da Primavera.
No ambiente doméstico é frequente ouvir falar de ácaros como causadores de alergias. Eles são artrópodes que se encontram constantemente por toda a casa e necessitam de humidade e temperaturas relativamente altas para sobreviverem. Eles alimentam-se de partículas resultantes da descamação humana, fungos e outros produtos orgânicos, acomodando-se, deste modo, em colchões, almofadas, carpetes, etc.
Existem mais alergénios comuns com os quais contactamos diariamente: os fungos, animais domésticos, ovos, camarão, etc, não sendo por isso possível fazer uma pequena abordagem a todos.

Alergia ao Leite

A alergia ao leite está associada à intolerância à lactose, uma proteína que este possuí.
É frequente associar, erradamente, a intolerância à lactose a um tipo de reacção alérgica, pois esta não se trata de uma resposta do nosso sistema imunológico a um agente presente no leite. Esta patologia é uma reacção adversa que envolve a digestão da lactose.
Numa breve abordagem a este assunto, considera-se que a intolerância à lactose é provocada pela ausência de uma enzima, a lactase. Quando ingerimos leite ( seus derivados ou produtos que o incorporam) o nosso organismo recebe a sua proteína, a lactose. Quando esta proteína alcança o intestino e se verifica a ausência ou deficiência de lactase, ela não é degradada convenientemente. A lactose permanece nas paredes do intestino, onde posteriormente sofrera um processo de fermentação por parte de bactérias. Aquando da fermentação são libertados gases como o carbono e o hidrogénio no nosso intestino e produz ácido láctico.
Os sintomas mais comuns associados a este tipo de patologia são náusea, dores abdominais, diarreia ácida e abundante, gases e desconforto. A gravidade dos sintomas varia de individuo para individuo e de acordo com a quantidade de lactose ingerida.
Pode-se tratar a intolerância à lactose substituindo o leito e seus derivados por outros que contenham o mesmo tipo de proteínas, como por exemplo a soja.
Por último é relevante referir que a concentração da lactase nas células intestinais é farta ao nascermos e vai decrescendo com a idade. Sendo por isto que as pessoas raramente nascem com esta condição de saúde, mas adquirem-na ao longo da vida, conforme perdem lactase.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Alergia ao trigo - PANQUECAS DE ARROZ COM LARANJA E CANELA

6 PESSOAS
30 MIN.
CUSTO MÉDIO

• 125g de arroz de bago curto
• sal e 4dl de leite
• 1 vagem de baunilha
• 3 ovos e manteiga
• 1 c. (sopa) cheia de açúcar
• 1 laranja
• 1 c. (café) de canela em pó
• 2 c. (sopa) de farinha de arroz
• 2 c. (sopa) de farinha de soja
• compota de laranja
• hastes de groselha

1. Cozinhe o arroz al dente em água fervente temperada ao de leve com sal. Ferva o leite com a vagem de baunilha aberta a todo o comprimento. Junte o arroz escorrido, tape e cozinhe em lume brando até ficar macio.
2. Deixe arrefecer e incorpore as gemas batidas com o açúcar, a raspa de laranja, a canela e as farinhas.
3. Misture delicadamente com o arroz e, por último, junte as claras batidas em castelo.
4. Aqueça um pouco de manteiga numa frigideira antiaderente pequena. Cozinhe o preparado
às colheradas, uma de cada vez, para obter as panquecas. Vire e cozinhe do outro lado, até alourar. Sirva-as mornas ou frias com compota de laranja e decoradas com hastes de groselha.

Alergia ao trigo - MILHO QUEBRADO COM BACALHAU

4 PESSOAS
70 MIN.
CUSTO MÉDIO

• 300g de milho branco quebrado
• sal e pimenta
• 1 cebola grande
• 1 dente de alho
• 3 c. (sopa) de azeite
• 2 postas de bacalhau demolhado
• 3 mãos-cheias de espigos de grelos de nabo
• azeitonas

1. Lave muito bem o milho e coza-o em bastante água fervente temperada com sal até ficar macio.
2. Prepare, numa caçarola, um refogado leve com a cebola e o dente de alho picados, o azeite e 2 c. (sopa) de água. Quando a cebola ficar translúcida junte o milho cozido e 2 conchas do caldo de o cozer.
3. Quando retomar a fervura junte o bacalhau e os grelos limpos e lavados. Tempere com pimenta e prossiga a cozedura durante 12 a 15 minutos. Retire o bacalhau, limpe-o das peles e espinhas e deite-o de novo na caçarola. Rectifique o sal e sirva quente com azeitonas.

Nota:
O milho quebrado é também conhecido por carolo, carolas ou canjica e pode ser mais ou menos triturado.

Alergia ao trigo - BROAS DE MILHO

6 PESSOAS
30 MIN. + LEVEDAR + FORNO
CUSTO BAIXO

• 600g de farinha fina de milho
• 150g de farinha de arroz
• 1 c. (chá) de fermento em pó
• sal e pimenta
• 1 cebola
• 2 dentes de alho
• 1 c. (café) de massa de pimentão
• 3 c. (sopa) de azeite
• 1 posta de bacalhau demolhado
• 125g de chouriço de carne

1. Misture as farinhas com o fermento e um pouco de sal. Vá deitando pequenas porções de água
e amasse até obter uma massa tendível. Forme uma bola, tape com um pano e deixe repousar 15 min.
2. Refogue a cebola, os alhos, a massa de pimentão e o azeite. Quando a cebola ficar translúcida
junte o bacalhau, tape e cozinhe 8 minutos. Retire o bacalhau, limpe-o das peles e espinhas. Desfaça-o às lascas largas e misture com o refogado. Rectifique o sal e tempere com pimenta.
3. Trabalhe a massa reservada e divida em 2 porções. De uma parte faça pequenos pães e recheie com o bacalhau. Tape o recheio com a massa.
4. Faça outros pães com a restante massa e recheie com tiras de chouriço sem pele. Leve ao forno em tabuleiro polvilhado com farinha de milho até cozer e alourar.

Nota:
Se é alérgico ao leite, saiba que vários produtos de charcutaria podem conter este alimento.

Alergia ao ovo - CREPES COM MEL


6 PESSOAS
30 MIN. + ESPERA
CUSTO MÉDIO

• 80g de farinha de trigo
• 1 pitada de sal fi no
• 4 c. (sopa) de natas
• 1,5dl de leite
• manteiga
• mel suave
• sumo de limão
• limão e menta para decorar

1. Peneire a farinha e o sal para uma tigela. Abra um buraco no centro, junte as natas e misture bem. Adicione o leite e 1dl de água. A massa deve ter a consistência de um creme leve. Incorpore 30g de manteiga amolecida. Tape a tigela com película aderente e deixe repousar num local fresco, 1 hora.
2. Pincele com manteiga derretida uma frigideira antiaderente com 15cm de diâmetro.
3. Aqueça e espalhe 1 ou 2 colheres da massa. Mova a frigideira de modo a cobrir toda a superfície com uma fina camada. Cozinhe em lume médio até a massa formar pequenas bolhas. Vire o crepe com uma espátula larga e cozinhe do outro lado.
4. Retire o crepe para um prato e repita a mesma operação com a restante massa. Mantenha os crepes quentes. Recheie-os com uma mistura de mel e sumo de limão e feche-os com 2 dobras. Decore com fatias de limão com casca e menta.

Sugestão:
Se tolera a soja, pode substituir o leite e as natas por similares da mesma. O primeiro crepe, por norma, não resulta bem.

Alergia ao ovo - BACALHAU ESPIRITUAL


4 PESSOAS
30 MIN. + FORNO
CUSTO MÉDIO

• leite
• 150g de miolo de pão sem côdea
• 500g de bacalhau demolhado
• 150g de cebola
• 350g de cenoura
• 1,5dl de azeite
• sal e pimenta em grão
• manteiga
• 2 c. (sopa) de farinha de trigo

1. Aqueça 2,5dl de leite e deite sobre o pão. Deixe abeberar. Coza o bacalhau em água e leite em partes iguais. Deixe arrefecer no caldo e retire-o. Coe o caldo e reserve. Limpe o bacalhau e abra-o às lascas.
2. Coloque o bacalhau sobre um pano grosso, faça uma trouxa e esmague-o ou pise-o com um maço de madeira até ficar em fios. Pique a cebola e rale as cenouras. Refogue ambas com o azeite até a cebola ficar macia. Junte o bacalhau e apure durante um minuto, mexendo. Adicione o pão, aos poucos, sem deixar de bater com uma colher de pau até o incorporar. Tempere com sal e pimenta.
3. Derreta 2 c. (sopa) de manteiga numa caçarola, polvilhe com a farinha e refogue mexendo, até começar a alourar. Regue, aos poucos, com o caldo que reservou e deixe ferver, durante 5 minutos, sem parar de mexer, com varas de arame, até o molho ficar homogéneo. Junte, se necessário, um pouco mais de leite. Rectifique o sal e tempere com pimenta.
4. Barre bem de manteiga um tabuleiro que possa ir ao forno e também à mesa. Faça camadas alternadas do preparado de bacalhau e molho bechamel, terminando com molho. Leve ao forno médio até a superfície alourar. Sirva de imediato no mesmo recipiente. Pode acompanhar com uma salada.

Nota:
Se é alérgico ao leite de vaca e tolera a soja, utilize então leite e manteiga de soja na preparação desta receita.

Alergia ao leite - RENDAS DE COCO

6 PESSOAS
20 MIN. + FORNO
CUSTO MÉDIO

• manteiga de soja
• 100g de açúcar
• 2 ovos
• 60g de farinha fina de milho branco
• 60g de coco ralado
• essência de baunilha
• 80g de chocolate preto para culinária (em barra ou em pó, e sem leite)
• natas de soja
• sumo de limão

1. Bata 100g de manteiga de soja com o açúcar até obter um creme. Junte os ovos, um a um, sem parar de bater até os incorporar. Junte, por último, a farinha de milho, o coco ralado e uma pitada de essência de baunilha. A massa deve fi car pouco densa. Junte, se necessário, 1 ou 2 c. de leite de soja.
2. Forre um tabuleiro de forno com papel vegetal e pincele-o com manteiga de soja derretida. Deite no tabuleiro pequenas colheres de massa, deixando-as um pouco distanciadas.
3. Leve ao forno pré-aquecido até as bolachas cozerem e alourarem ligeiramente. Deixe-as arrefecer sobre uma rede.
4. Raspe o chocolate e derreta-o em banho-maria. Junte 3 c. (sopa) de natas de soja, algumas gotas de sumo de limão e misture bem. Deixe arrefecer e recheie as bolachas, 2 a 2, comprimindo-as ligeiramente. Sirva estes bolinhos com batidos de frutos.

Nota:
Encontra chocolate preto sem leite (ou vestígios) nas lojas de produtos naturais.

Alergia ao leite - BATIDOS

BATIDO DE PÊSSEGO E LEITE DE SOJA
2 PESSOAS
10 MIN.
CUSTO BAIXO+

• 2 pêssegos frescos
• 2,5dl de leite de soja
• 1 c. (café) de açúcar mascavado
• folhas de hortelã
• 4 cubos de gelo

1. Lave e descasque os pêssegos e reserve 2 cascas compridas para o final. Rejeite os caroços e corte a polpa aos pedaços. Bata no liquidificador junto com o leite de soja, o açúcar, 2 folhas de hortelã e os cubos de gelo.
2. Deite nos copos, decore com folhas de hortelã e as cascas de pêssego que reservou. Sirva de imediato.

BATIDO DE MORANGO COM IOGURTE DE SOJA
2 PESSOAS
10 MIN.
CUSTO BAIXO+

• 150g de morangos maduros
• 1dl de iogurte de soja
• 1 c. (sopa) de açúcar amarelo
• 1 c. (sopa) de sumo de limão
• 4 cubos de gelo
• menta fresca

1. Lave cuidadosamente os morangos, separe 2 dos mais perfeitos para a decoração e retire as folhas aos restantes.
2. Bata-os no liquidificador junto com o iogurte de soja, o açúcar, o sumo de limão e os cubos de gelo. Deite a mistura nos copos e decore com folhas de menta. Sirva.

BATIDO DE BANANA E LARANJA
2 PESSOAS
10 MIN.
CUSTO BAIXO+

• 1 banana grande
• 2dl de iogurte de soja
• 1 laranja
• 1 c. (sopa) de mel
• 4 cubos de gelo
• canela em pó

1. Descasque a banana, corte-a aos pedaços e deite no copo do liquidificador. Bata com o iogurte de soja, o sumo de laranja, o mel e o gelo.
2. Deite nos copos. Polvilhe a superfície com canela em pó e decore com uma casca fina de banana formando um nó. Sirva.

Alergia ao leite - EMPADÃO DE ARROZ


4 PESSOAS
35 MIN. + FORNO
CUSTO MÉDIO

• 250g de carne picada
• azeite, 1 chalota
• 1 folha pequena de louro
• sal e pimenta
• 1dl de vinho branco
• 4 c. (sopa) de natas de soja e 1 cenoura
• 125g de feijão-verde
• 2 ramos médios de brócolos
• caldo de carne
• 1 tigela de arroz cozido
• manteiga de soja
• 1 ovo, queijo vegetal

1. Refogue a carne com 2 c. (sopa) de azeite, a chalota picada e o louro. Mexa até a carne cozinhar. Tempere com sal, pimenta e vinho branco. Cozinhe até evaporar. Retire a carne para uma tigela e misture com as natas.
2. Na caçarola onde cozinhou a carne deite um pouco mais de azeite, a cenoura aos cubinhos, o feijão às rodelas largas e os brócolos em raminhos. Junte um pouco de caldo de carne, tape e cozinhe os legumes al dente.
3. Barre um pirex com manteiga de soja e faça camadas alternadas de arroz, carne e legumes. Termine com arroz. Pincele com gema batida e polvilhe de queijo vegetal ralado. Leve ao forno até aquecer bem e alourar. Sirva.

Sugestão:
Pode fazer este empadão com puré de batata (ver receita ao lado, sem lacticínios).

Nota:
Se é alérgico ao ovo polvilhe o arroz com pão ralado misturado com um pouco de manteiga de soja.

Alergia ao leite - LASANHA DE ATUM


4 PESSOAS
25 MIN. + FORNO
CUSTO MÉDIO

• 1 embalagem de atum congelado
• 1 cebola
• 1 dente de alho
• 2 c. (sopa) de azeite
• 200g de polpa de tomate
• sal
• manteiga de soja
• 3 c. (sopa) de farinha de trigo
• leite de soja
• pimenta e noz-moscada
• 1 embalagem de lasanha branca pré-cozinhada
• queijo vegetal de soja
• salada mista

1. Descongele o atum e corte-o aos pedacinhos. Prepare um refogado leve com a cebola picada, o alho moído e o azeite. Quando a cebola ficar translúcida adicione o atum e refogue, mexendo. Junte o tomate moído e prossiga a cozedura por 5 minutos. Tempere com sal.
2. Derreta 3 c. (sopa) de manteiga numa caçarola e polvilhe com a farinha. Refogue, mexendo e, aos poucos, adicione leite em quantidade suficiente para obter um bechamel fluído. Tempere com sal, pimenta e raspas de noz-moscada.
3. Barre de manteiga um tabuleiro. Faça camadas alternadas de placas de lasanha, molho de atum, lasanha e bechamel.
4. Repita as camadas terminando com bechamel polvilhado com queijo vegetal ralado. Leve ao forno pré-aquecido durante 25 minutos. Sirva quente com salada mista, temperada com sal, azeite e sumo de limão.

Nota:
Deve garantir que as placas de lasanha não contêm proteínas de leite lendo cuidadosamente o rótulo da embalagem. Nas lojas de produtos naturais encontra este produto sem leite.

Alergia ao leite - CROQUETES DE ARROZ


4 PESSOAS
35 MIN.
CUSTO MÉDIO

• 150g de arroz
• 1 cebola pequena
• estames de açafrão
• sal
• 2 ovos grandes
• 180g de queijo vegetal de soja
• farinha e pão ralado
• azeite para fritar
• salada mista

1. Coza o arroz em água fervente juntamente com a cebola inteira descascada, alguns estames de açafrão e um pouco de sal. Escorra o arroz quando ficar macio e deite-o numa tigela.
2. Misture com 1 ovo batido e um pouco de queijo vegetal previamente ralado.
3. Molde pequenos croquetes metendo no centro um cubo de queijo vegetal e tapando-o com arroz.
4. Passe os croquetes por farinha, pelo restante ovo batido e depois por pão ralado. Frite-os em azeite fervente e escorra o excesso de gordura sobre papel absorvente. Sirva quentes com salada mista.

Sugestão:
Se for alérgico à farinha de trigo substitua-a por farinha de milho. Encontra queijo vegetal à venda nas lojas de produtos naturais.

Alergia ao leite - SUFLÊ DE PEIXE


4 PESSOAS

25 MIN. + FORNO

CUSTO MÉDIO

- 250g de pescada ou solha

- 1 cebola pequena

- sal

- pimenta em grão

- manteiga de soja

- 2 c. (sopa) de farinha

- 0,5dl de leite de soja

- 4 ovos grandes

- noz-moscada

1. Lave e coza o peixe em pouca água com a cebola, um pouco de sal e alguns grãos de pimenta. Retire o peixe com uma escumadeira, coe o caldo e reserve.

2. Limpe o peixe de peles e espinhas e desfaça-o com um garfo. Derreta 60g de manteiga de soja numa caçarola pequena e polvilhe com a farinha. Refogue, mexendo, com varas de arame até espessar um pouco, sem deixar alourar.

3. Adicione, aos poucos, 1,5dl do caldo reservado e o leite de soja. Misture bem e, quando o creme ficar homogéneo, retire do lume, junte o peixe e deixe amornar. Adicione as gemas batidas. Rectifique o sal e pimenta, retire do lume e aromatize com raspas de noz-moscada. Incorpore delicadamente as claras em castelo.

4. Deite em recipientes refractários barrados de manteiga. Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC. Cozinhe 25 minutos ou até crescer e alourar. Sirva.

Comer com prazer

Qualquer alimento pode causar uma alergia alimentar e não é preciso ingeri-lo para se obter uma reacção de hipersensibilidade, basta o simples contacto ou inalação. Estudos feitos na área permitem afirmar que este tipo de alergia é mais frequente na infância e tende a diminuir com o avanço da idade, embora algumas persistam toda a vida.

Assim, de seguida iremos disponibilizar-vos algumas receitas que podem confeccionar em casa de forma a evitarem certos alimentos causadores de reacções alérgicas.

Cumprimentos, Sofia Costa